
MINHA ANTOLOGIA
(Publicado no NOTÍCIAS DA CORTE, edição de julho de 1997)
Ele foi membro da Academia Amazonense de Letras, da Academia Brasileira de Língua Portuguesa, e da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Exerceu vários cargos de grandíssimo valor no Executivo, Legislativo e Judiciário. Na década de 70, foi ordenado pastor da Igreja Presbiteriana de Manaus. Trabalhou nas Igrejas dos bairros de Petrópolis, Flores e Crespo. Em todas elas teve atuação destacada.
Por acaso, fiquei sabendo que o Professor João Chrysóstomo era tefeense. E isso aconteceu certo dia, quando folheava “Dois Lances Históricos” e descobri, no final do livro, a biografia do autor. Desde esse momento, comecei a admirá-lo muito mais.
Em outubro de 1996, a Associação dos Escritores do Amazonas prestou uma merecida homenagem ao grande mestre e escritor. Recebi, na época, o convite para que participasse do evento e não tive dificuldade alguma para decidir, comparecendo com prazer, embora com a saúde um pouco enfraquecida.
Foram muitos os convidados presentes àquela elegante festa realizada no rall do Tribunal Regional do Trabalho, na Rua Visconde de Porto Alegre, Praça 14 de Janeiro, em Manaus. Quando da sua chegada, acompanhado de sua esposa Jacobede, entrei em contato com o Professor João Chrysóstomo, mas não conversamos muito. Chegou a me dizer que poderia conhecer minha família, em Tefé.
Vieram as homenagens. Representando a Associação dos Escritores do Amazonas, o Dr. Arlindo Augusto dos Santos Porto, após primoroso discurso, fez a entrega de uma belíssima placa ao homenageado. E foi, então, que o Professor João Chrysóstomo começou o seu pronunciamento. Para alegria nossa, disse que se orgulhava de ser tefeense e mencionava o lugar de seu nascimento: Igarapezinho.
Em nossas despedidas, fiz questão de entregar ao ilustre conterrâneo um exemplar de “Viagens à Corte do Solimões”, com dedicatória que imaginei muito especial.
Foi a primeira e a última vez que falei com o nobre tefeense, pois, como todos sabemos, o Professor João Chrysóstomo de Oliveira faleceu no dia 4 de junho passado.
Encerro este texto concordando, plenamente, com os escritos do Dr. Antônio Nogueira de Farias: o céu, a partir daquele dia, ficou mais rico.
(Imagem/Crédito: Skoob)
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