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EM BUSCA DE LILIPUT | LUIZ J. GINTNER

LIVROS & ESCRITORES

OS MICROPAÍSES ANTIGOS E EFÊMEROS


O aparecimento das primeiras “Cidades-Estado” deu-se por volta de 4 mil a.C. No passado houve um incontável número de “Micropaíses”; alguns existiram durante longo período, outros tiveram existência efêmera; alguns passaram para a história como poderosos, outros foram praticamente fruto do sonho de seus fundadores. Na Idade Média, existiam inúmeras “cidades-livres” na Alemanha, Itália, Inglaterra e em muitas outras partes da Europa. Na Ásia, na África e na Oceania, também proliferava esta forma de governo-independente urbano que, às vezes, abrangia somente o núcleo e pequenas regiões circunvizinhas.


A causa da existência de tantos Micro-estados no passado pode ser explicada pelo isolamento, rivalidade, tradição, cultura, língua, religião e etnia. Destes muitos países sobraram poucos; entre os remanescentes estão: Mônaco, San Marino, Andorra, Liechtenstein e o Principado de Seborga, que está empenhado em conseguir o seu reconhecimento pela Itália e demais países do mundo. A Ilha de Man, Jersey e Guernsey também sobreviveram, hoje “associadas” à Grã-Bretanha. Alguns “Micropaíses” efêmeros e curiosos da Europa foram o Principado de Elba, Trieste, Samos, o exótico “Território Livre de Moresnet”. Na Índia e no Oriente Médio também existiram muitos destas “Cidades-Estado”.


Sempre dentro do limite inferior a 1 mil km2, podem ser citados ainda o Sultanato de Perlis (803 km2), com sua capital Cangar, hoje parte da Malásia, Ajman (250 km2) e Umm-Al-Qaywayn (777 km2), atualmente integrando os Emirados Árabes Unidos. Na Ásia ainda pode ser mencionado o “Reino de Mustang”, uma espécie de protetorado do Nepal.


Na Oceania, existiram milhares de pequenos “reinos”; muitas de suas ilhas tinham seus próprios “soberanos”, ou como na Ilha de Páscoa, que chegou a ter ao mesmo tempo em seu minúsculo espaço diversos “reinos” belicosos que se destruíam mutuamente. (...)


BIBLIOTECA RAIMUNDO COLARES RIBEIRO

Transcrito do livro EM BUSCA DE LILIPUT, 2ª edição, de Luiz J. Gintner, Litteris Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1997, páginas 12 e 13.



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