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Viajar faz bem

Existem algumas maneiras de viajar. Falo também do imaginário. O leitor, por exemplo, é capaz de viajar nos contos ou histórias que estiver lendo. Com certeza, vai se imaginar em certos lugares e, até mesmo, ver-se como um personagem naquele livro. Quem sabe, um herói capaz de salvar uma cidade inteira ou apenas um observador atento ao enredo.

Os lugares maravilhosos que vemos em livros, revistas e vídeos, muitas vezes, nos transportam para eles. Isso nos alenta, mas, na verdade, o que queremos mesmo é estar nesses locais, presencialmente, admirando suas peculiaridades e tornando realidade os nossos sonhos.

Uma viagem de barco que fiz com a minha mãe Lucelina, aos 10 anos de idade, para o interior de Tefé, no Amazonas, acompanhando um casal de missionários, trouxe-me grande prazer. Ficamos alguns dias na comunidade de Vila da Caridade, na época conhecida como Jacaré. Nesse lugar, juntamente com as crianças da minha idade, desfrutei de momentos inesquecíveis. Íamos para vários lugares de canoa. Amei andar pelos igapós e ver as árvores submersas, aparecendo apenas suas copas. Jacaré era um vilarejo com casas simples e pessoas muito boas. Até hoje, conservo algumas amizades desse tempo.

Nasci e me criei em Tefé, no Amazonas. Aos 15 anos de idade, vim a Manaus, acompanhando minha irmã Edileuza, que trouxe seu filho André para se consultar com um médico cardiologista. Em Manaus, após a última consulta do meu sobrinho, fomos visitar o centro da cidade. Meus olhos não conseguiam ficar parados, porque tudo era novidade. Manaus ficou ainda mais bonita quando, em julho de 1984, estive aqui para os últimos preparativos para o meu casamento com o Colares. Ele esteve à minha espera no aeroporto Eduardo Gomes, levando-me, em seguida, para a casa da minha avó paterna de nome Maria. Senti que Manaus dava-me as boas-vindas, pois o seu céu estava lindo e a lua mui formosa. Moro em Manaus há mais de 35 anos, e ela continua belíssima e cheia de encantos.

Além-fronteiras do Amazonas, Recife foi a cidade escolhida para a primeira viagem que fiz com meu esposo. Gostamos tanto que voltamos outras vezes. Em final de agosto e primeira quinzena de setembro de 2005, em comemoração ao aniversário de 15 anos da nossa filha Raissa, toda a família – Rickson, Rennier Recco, Raissa, Colares e eu – conhecemos algumas cidades do Nordeste. Em 8 de setembro, no terceiro dia em Recife, cantamos os parabéns para a nossa amada princesa.

A partir daí, Colares e eu passamos a viajar e a conhecer um pouco de todas as capitais brasileiras. Incluímos no percurso algumas cidades nas proximidades dessas capitais. Muitas foram as nossas viagens, algumas só o Colares e eu, outras com nossos filhos. Sempre nos divertimos em cada lugar visitado. Viajamos pelo prazer de conhecê-los e, em algumas ocasiões, para participar de eventos culturais. O meu esposo Raimundo Colares Ribeiro publicou, em 2014, o livro intitulado Capitais Brasileiras – Cidades Maravilhosas, baseado, sobretudo, nas nossas viagens. A obra contém informações úteis sobre todas as capitais do nosso Brasil.

Preparo-me para cada viagem. Procuro identificar em cada local o que Deus fez por aquela terra. Dou valor ao que é preservado da natureza. Mas tem algo que me fascina em cada lugar: seus moradores. Não só o atendimento aos visitantes, mas como eles tratam os menos favorecidos que ali vivem. É gratificante quando nos dirigimos a uma pessoa e sentimos o calor humano no atendimento. Um sorriso ou uma resposta branda a algo que perguntamos faz o diferencial para dizer se a cidade é linda ou não. Em geral, sempre tivemos ótimo atendimento nas cidades por onde passamos.

Ao viajar, na condição de turista, o importante é, principalmente, conhecer lugares e culturas diversas, divertir-se, passear e desfrutar desses momentos vividos.

Acrescento e destaco: Viajar Faz Bem.

Kátia Colares Ribeiro

·  Texto publicado na Coletânea Literária Internacional Lusófona em Verso & Prosa, Vol. 6, parte 2, p. 108/110 – Sem fronteiras pelo Mundo... 2021.

·    Foto tirada em minha cidade natal, Tefé, por mim, no ano de 2023. Acrescentei nesta postagem para que o leitor tenha a ideia de como minha terra natal é linda.

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